Falar – ou escrever – sobre Givanildo José de Oliveira, que completa 72 anos neste sábado (8), é lembrar uma carreira tão extensa quanto vitoriosa. O volante incansável dentro das quatro linhas, mantinha e ainda mantém o mesmo fôlego para conquistas que o transformaram num dos treinadores mais laureados do futebol brasileiro.

Dentro do campo, a carreira desse olindense começou no final da década de 1960, quando foi recrutado para as divisões inferiores do Santa Cruz. Não demorou muito para ascender ao time principal, naquela que foi a geração mais vitoriosa do Tricolor.

No Arruda conquistou um pentacampeonato (1969/1973) e o supercampeonato de 1976 antes de se transferir para o Corinthians. Em São Paulo, integrou o elenco que encerrou um jejum de 23 anos do Timão. Retornou mais uma vez ao Santa para dois títulos (78 e 79).

Após uma passagem rápida pelo Fluminense em 1980 foi contratado pelo Sport e pôs mais três troféus no armário com o tricampeonato em 80/81/82. Na Ilha, foi convidado para assumir o posto de treinador em 1983 e resolveu aceitar, pendurando as chuteiras.

Técnico

Mudou a função, mas não o hábito de empilhar conquistas. Aliás, as ampliou. O primeiro título não demorou muito, foi o Alagoano de 1986, pelo CRB. E a dali em diante Givanildo não parou mais.

Em 1987 iniciou uma bela história no Paysandu, que resultaria, no início dos anos 2000, dos momentos mais brilhantes da história do clube. Conquistou Copa Norte, Copa dos Campeões, uma Série B e cinco estaduais. E uma honrosa participação na Libertadores de 2003 com direito a liderança numa chave que contava com Cerro Porteño (Paraguai), Sporting Cristal (Peru) e Universidad Católica (Chile). De quebra, a histórica vitória sobre o Boca Juniors por 1x0 em plena Bombonera.

América Mineiro, Ceará, Fortaleza, Sport e Santa Cruz também comemoraram conquistas com Givanildo na liderança de seus times.

Além dos títulos, o treinador também enumera seis acessos na carreira, que lhe valeram, com muita propriedade, a alcunha de Rei do Acesso. Cinco deles para a Série A, incluindo Santa Cruz (2005) e Sport (2006).