Um dos destaques do Náutico neste início de Série B, o meia-atacante Jorge Henrique confessou que mesmo com boas atuações e contribuindo para a competitividade do time a ausência da torcida o deixa triste, com a sensação de ainda falta algo. Aos 38 anos, o jogador voltou ao clube que o projetou no ano passado, tendo participado da campanha do acesso e título da Série C. Em 2020 ele é o segundo atacante que mais minutos atuou (1067, em 21 jogos), atrás apenas de Salatiel, com 1240 minutos na mesma quantidade de partidas.

"Fico triste porque queria estar com esse rendimento ao lado do torcedor, com ele aplaudindo. Recebo muitas mensagens no Instagram. De uns tempos para cá o Náutico resgatou o torcedor, que foi muito importante no acesso e hoje a gente sente um pouco esse vazio do lado de fora. Queria muito que isso acabasse logo e ele estivesse ao nosso lado nos incentivando", ressaltou.

A pandemia da Covid-19, que afastou o público dos estádios, também, indiretamente, contribuiu para o bom desempenho de Jorge. Ele explicou que durante a parada de quatro meses. Procurei me dedicar bastante, trabalhei muito em casa e essa sequência agora tem me dado um condicionamento melhor. E fora de campo procuro sempre me cuidar. A preparação durante a parada foi fundamental para mim", pontuou.

As novas funções - chegou até a atuar como segundo volante - não atrapalham. Pelo contrário, ele faz questão de enfatizar que não tem preferência onde vai atuar e o mais importante é ajudar a equipe a conquistar vitórias e atingir objetivos. "Estou feliz pelo que estou fazendo em campo, independente de posição. Estou bem à vontade e onde o professor optar, vou ajudar".